sábado, 11 de maio de 2013

Dia das Mães, minha homenagem

Para o conhecimento dos leitores desta Coluna exponho um pequeno relato sobre o surgimento da comemoração do dia das mães, trabalho feito  por Jussara de Barros, Graduada em Pedagogia, conforme pesquisei na internet:

“Uma jovem americana, Annie Jerwis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão. Preocupadas com o sofrimento, as amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas e mortas.
  Em pouco tempo, a comemoração alastrou se por todo o país e, em 1914, sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio. Em Portugal, até a alguns anos atrás, o dia das mães era comemorado a 8 de dezembro, mas atualmente o Dia das Mães é no 2º domingo de maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo.  No Brasil a data foi instituída pela Associação Cristã de Moços, em maio de 1918, sendo oficializada pelo presidente Getúlio Vargas, no ano de 1932”.

                                 
Mãe,  espírito de doação
“Sem perceber a mulher traça seu caminho. Caminho este que se projeta através de suas dores e lutas, anseios e amores. Muitas vezes não é notada e nem valorizada. Inútil tentar decifrar essa mulher. Esse intenso universo de emoções, sensibilidade e força, está sempre rompendo barreiras para conquistar o espaço em defesa do seu filho.
Quando grávida, carrega dentro de si, a sua vida que tira tudo dela, deixando-a fraca e enjoada, pois, precisa de seu sangue para construir o próprio caminho. Os primeiros meses são difíceis, noites sem dormir, entre cólicas e manhas. Sua vaidade é ferida, acha que vai ficar feia, gorda. O brilho de seus olhos revela preocupações. Essa mulher que gera santos, bons e maus.
Mãe sempre defende, nunca vê defeitos, se a filha engravida, o culpado é o filho da outra, se bebe, se mata, alguém o colocou em maus caminhos, mas nunca assume o erro do filho. Alguns pedem sua benção, outros dizem para onde vão, outros batem a porta com força sem dizer quando voltam ou se voltarão. Por estes ela sofre, sente angústia, reza e chora.
Algum tempo depois, eles voltam. Rosto fechado, objetos atirados longe, xingam, chutam, deprimem..."Ele está nervoso”, justifica a mãe, “foi tão doentinho quando criança”. Não tem sorte na vida, mas tem um bom coração. “Os irmãos e o pai não tem paciência com ele”, quando está bom é um filho maravilhoso, e assim continua a mãe sempre defendendo seu filho, pois quer vê-lo feliz a qualquer preço.
Mãe não dorme, cochila em estado de alerta, enquanto seus filhos não chegam. Não comem senão as sobras, ou quando vai comer algo o filho aparece e pede. Mãe quando bate ou castiga, apanha junto, meio a meio. Quando o filho faz uma graça, faz questão de contar para os outros, pois o dela é sempre o mais inteligente, mais bonito, o que representa melhor.
Observe o olhar de uma mãe quando seu filho tem uma vitória, é tão contagiante que o seu semblante se modifica. Ameace um de seus filhos e estará enfrentando uma leoa feroz! Agora elogie e acaricie um deles e estará acariciando a própria mãe.
É impossível descrever o mistério materno. Mãe moça, bonita, feia, velha, mãe santa, até o dia em que consumida no silêncio e na dor, se vai para sempre! E este lugar, nunca será preenchido”. (Extraído do site www.belasmensagens.com.br)

                                        “Ser mãe dói.
                                                     Letícia Thompson

Dói quando o filho nasce e ela se pergunta como vai saber educar. Dói quando, tendo o futuro todo pela frente, ela se sente perdida, como se o mundo não tivesse continuação. Dói quando filho chora de noite e ela não sabe bem como acalmá-lo. Ela aprende, então, a interpretar cada choro pra entender seu bebê.
Ser mãe dói quando filho fica doente e ela quer trocar de lugar com ele e não pode. Dói quando ela não sabe o que fazer.
Ser mãe dói quando filho não quer começar a escola e ela precisa fazer um esforço sobrenatural para não chorar e deixá-lo começar a vida de gente grande. Ela chora escondido depois. Mas dói também, quando, deixando o filho na escola, ele dá um sorriso e diz adeus. Dói sentir que ele desprega-se, solta-se, torna-se independente. Como dói!!!
Ser mãe dói quando filho tem problemas na escola e ela precisa ouvir com naturalidade as queixas. Dói a adolescência, as questões existenciais.
Deve doer demais ver um filho indo para a guerra. Deve doer imensamente ver filho seguindo caminhos diferentes dos que julgamos corretos. Mãe que vê filho sofrendo, sofre dobrado.
Ser mãe é uma missão que dói a vida inteira.
Ser mãe é ter a dádiva do dar. Ela planta e sabe que não é pra ela.
Jesus também teve mãe. E deve ter doído nela mais que em qualquer outra mulher do mundo.
Uma mãe é uma ponte entre os céus e a terra. É o ser escolhido por Deus, certamente o mais bendito de toda a criação, para que a terra se encha e se multiplique.
Ser mãe dói sim. Mas engrandece também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver filho feliz.
A maternidade é a coroa de toda mulher. De espinhos... mas de flores também!
Benditas sejam todas as mães do mundo!!!”
                      Homenagem para as mães falecidas
                                                  Oi, mãe
                                                         Padre Zezinho

Que saudade do abraço
que quase me sufocava
de tanto amor que você tinha;

Que saudade
do piolho que eu não tinha,
mas você fingia que catava;

Que saudade das broncas
cheias de mágoa pedagógica,
porque no fundo,
eu via que você não estava zangada;

Que saudade da rebeldia que eu tinha
e da mãe forte e educadora que me fez pessoa.

Não faço, porque cresci,
e meu psicólogo acha que pode haver libido nisso,

Mas tem hora que a vida, aqui, dói tanto,
que quase me dá vontade de correr para aí,
e se você aguentasse,
me espraiar no seu colo frágil, e dizer: - vai, mãe, cata
meu piolho... Me coça nas costas... Mas meu psicólogo diz,
que pegaria mal.
Acho que a mãe dele não é como a senhora...
Enfim, mãe,
- daqui de longe,
- sem frescura nenhuma,
um beijo de filho crescido, que a ama
com alegria de filho feliz”.

Recebam queridas mães e caros leitores o meu contagiante abraço de parabéns. E que Deus continue abençoando-as infinitamente.

E-mails recebidos:
Neuma, Você além de ser uma prima muito querida, escreve como se nós também tivéssemos vivenciado toda história.
Me emocionei, e sei que Michel é o filho que é porque tem como referência você e Daniel, um casal ajustado que só dá exemplos bons aos filhos e por tabela a nós também.
Não é só Michel que está de Parabéns, mas vocês também.
Feliz Aniversário Michel!
Beijos
Sua Prima
Lucia Macedo, Fortaleza, CE

Me debrucei, nesse momento, à leitura dessa maravilhosa história de superação. Voltei, com emoção, a um tempo jamais esquecido. Não contive às lágrimas. Desconheço a existência de uma mãe tão presente na vida de seus filhos. Acredito que meu irmão, Michel, se emocionará por mais essa surpresa tão cheia de significância quanto a que recebeu nesse texto que possui, na sua essência, o amor em sua plenitude.
Daniel Walker Junior, Juazeiro do Norte, CE

NOTA: A ilustração que decora esta matéria é um singelo mimo que recebi da amiga Izaura Monteiro, representa um girassol, trabalho artesanal confeccionado em cartolina com um chocolate ornamentado com missanga.    

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