domingo, 7 de outubro de 2012

Descobrindo os mofados do meu baú – III





No dia de hoje, 07 de outubro está acontecendo a votação para prefeitos e vereadores em todo país. No meu tempo de criança lembro que os candidatos tinham os seus seguidores, mas a praxe em votar era por simpatia, era a amizade que existia, o conhecimento. Naquela época seu Zé Geraldo e Dr. Feitosa, eram os mais fortes candidatos. Quem aderia a Dr. Feitosa recebia o nome de carrapato e quem acompanhava seu Zé Geraldo, era tratado com o nome de gogó. Não se pagava o voto. Atualmente os candidatos têm que gastar fortunas para se elegerem. Tenho saudade do meu tempo! Como tenho! Da fidelidade, da palavra dada, aí não tinha quem tomasse. Pela saudade causada, aproveito leitores, para apresentar-lhes mais uma série de mofados do meu baú. Coisas que no seu devido tempo tiveram muita importância e outras que ainda conservam a sua importância como é caso da colcha de cetim em metalassê, que vez por outra a coloco em minha cama e como a embeleza. Essa colcha foi comprada na Malharia Vênus de propriedade de Francisquinha Almeida, localizada no Edifício M. Oliveira, térreo, do lado da Rua Santa Luzia. Essa colcha fui presenteada por minha mãe quando estava preparando o meu enxoval para casar. O lencinho é uma verdadeira relíquia (acredito que não exista mais), pois é feito em organdi bordado com labirinto e com o meu nome bordado. Esse presente recebi da mãe de dona Francisquinha Leandro, dona Videlina (nós costumávamos chamá-la de madrinha Videlina), ela morava na Rua Santa Rosa e sempre a visitava quando criança. Bolsinha em plástico duro para por moedas. Peça rara nesse estilo, mamãe a trouxe quando viajava a Manaus para comprar toalhas plásticas com bordados, imitando renascença, richelieux; cachos de uvas em plástico; relógios de pulsos na marca Orient; pratos decorados; truces (bolsas para festas), exponho duas que ainda guarda com muito carinho. Na verdade era um grande sortimento de mercadorias, naquela época não se encontrava por aqui. Mamãe foi pioneira na venda desses artigos, seu espírito aventureiro e destemido a levou algumas vezes para Manaus, no tempo de grandes fiscalizações. Mas ela desbravava naqueles aviões pequenos e chegava. Os clientes aguardavam sua chegada ansiosos para apreciar e comprar novidades. A maleta 007 como era chamada, objeto que Daniel usava todos os dias quando se dirigia para a Agência da Credimus, quando a gerenciou. Bolsinha vermelha, ou melhor um porta batom, brinde que a Credimus distribuía com as funcionárias e com os familiares dos funcionários. Broches com flores de vários tipos presentes que recebi da pessoa mais expressiva na confecção de flores em tecidos, dona Cilinha Almeida, devido a nossa amizade de muitos anos, ela gostava de me presentear com os lindos adornos que ela criava. Porta-retrato que foi muito usado tempos atrás e que hoje já não é comercializado devido os incontáveis modelos que surgiram no mercado e o que possuo já não faz parte do que é moderno, é considerado ultraprassado. A Singer campeã em vendas de máquinas de costuras em nossa região e tendo como revendedora a Lojas Credilar, de propriedade de Valdo Figueiredo brindavam os seus clientes com o Curso de corte e costura de moldes, fui aluna desse curso. E para enriquecer a minha Coluna trago para os meus caros leitores uma amostra de notas e moedas do dinheiro já usado, que passaram por nossas mãos e que os jovens não tiveram a chance de conhecê-los. Esta mostra fez parte do acervo do senhor Franciel, que já foi focalizado no Portal de Juazeiro na Seção História dos Apelidos, que presenteou Daniel. 









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