domingo, 28 de maio de 2017

Os pombos do Santuário de São Francisco em Juazeiro e os pombos da cidade de Veneza

Sempre às quartas-feiras, cedinho, no horário de 6h, participo da celebração da Santa Eucaristia no Santuário de São Francisco, no bairro Franciscanos. E, em um desses dias, encontrei uma amiga, Corrinha, jogando milho para os pombos que se abrigam nas torres do Santuário.  O número é mínimo em relação ao que presenciei em Veneza. Ah! Lembrei imediatamente de Veneza. E ainda mais me fez lembrar da inesquecível viagem que fiz à Europa, em uma excursão no ano de 1998. Essa excursão foi programada por nosso inesquecível e querido amigo, padre Murilo de Sá Barreto, em comemoração ao centenário da celebração da Santa Missa na Igreja de São Carlos Al Corso, em Roma, pelo Padre Cícero Romão Batista em 06 de outubro de 1898. A empresa contratada, Rainha da Paz Peregrinações, foi a responsável por levar 43 pessoas, a maior parte dos peregrinos de nossa cidade, Juazeiro do Norte, alguns de outras cidades próximas e até de nossa capital, Fortaleza. Minhas lembranças surgiram ao ver a revoada de pombos descendo do telhado da igreja e vindo recolher a comida. Vendo esta cena lembrei de um fato interessante que aconteceu comigo em Veneza, na Piazza San Marco, Praça São Marcos onde está edificada a Basílica de São Marcos, onde abrigava milhares e milhares de pombos em suas torres e também ao redor da praça. Muitos vendedores no entorno vendiam a comida predileta deles, milho em saquinhos, que eles costumam chamar de grãos. Caí na besteira de comprar alguns saquinhos para jogar para eles. Inesperadamente fui surpreendida com as picadas dos danados na sacola que segurava. Fiquei apavorada, na hora pensei com os meus botões: serei devorada por eles. Uma amiga que tinha recebido a incumbência de me fotografar, assim o fez. Logo em seguida, soltei a sacola e pernas pra que te quero. Fugi, e o coração a mil por hora, que medo grande. Entretanto nos dias de hoje já não se encontra a velha tradição dos turistas de dar comida aos pombos na praça quase já não existe os pomposos e traquinas pombos , isso porque entrou em vigor uma ordem municipal desde 2008 que proíbe à venda de grãos para as aves. A proibição aconteceu depois de estudos apontarem como responsáveis por danos ao patrimônio histórico da cidade, como problemas higiênicos e sanitários emporcalhando à cidade: além do mais, podem transmitir várias doenças à população, sem contar com o custo financeiro que causa a limpeza e restauração dos monumentos que sujam. É uma pena e ao mesmo tempo foi uma medida que muitos acharam drástica, mas necessária para o bem de todos e principalmente para os moradores.
Um sonho que acalentei durante muitos anos era visitar Veneza com o meu amado, Daniel e fazer o passeio de gôndola juntos. Porém, não foi possível nesta excursão, porque essa viagem ocorreu no período letivo e como ele exercia o magistério como professor no Colégio Moreira de Souza durante o dia e à noite na Urca, na cidade do Crato, não tinha a menor condição de ausentar-se por um período de um mês. Então, pensei comigo mesma, levarei uma fotografia nossa e no momento do passeio, posarei para uma foto exibindo nossa foto. E assim o fiz, tendo como testemunhas, Ione Rocha, Beatriz Cavalcante e Lúcia. O fotógrafo já previamente contratado foi o nosso amigo Renato Casimiro. No ancoradouro das gôndolas muitos turistas pararam para apreciar um venturoso passeio que eu estava prestes a fazer segurando a foto do meu marido amado.
Leitores que costumam tirar um pouco do seu tempo para ler as minhas postagens de fatos, de histórias engraçadas, de pessoas, de coisas de nossa cidade, fiquem ligados, porque amo soltar minha imaginação e levá-los a alegrias e descobertas das minhas aventuras nas viagens e dos comentários ou artigos que vez por outra apresento para vocês.
Os festejos juninos estão chegando, um Feliz São João para todos!


Eu e os pombos na Praça de são Marcos em Veneza

 Os pombos nos Franciscanos em Juazeiro