Caros leitores, hoje tem início a Semana Santa com o Domingo de Ramos. Tempo de recolhimento, de dar uma parada, uma pausa para meditar, procurando nos fortalecer com os ensinamentos de Jesus Cristo. O Cristo que veio ao mundo para nos redimir do pecado, doando a sua própria vida e ressuscitando dos mortos para nos salvar. Enaltecendo e proclamando as coisas belas criadas por Deus, aproveito o momento de reflexão para mostrar-lhes algo belíssimo que presencio todos os dias quando faço caminhada próximo do Centro de Apoio ao Romeiro. É o espetáculo das garças. É um show magnífico que não tem dimensão. Quando observo o movimento delas, a dança, os voos rasantes sou inundada por uma paz interior, um efeito indelével de alegria e satisfação. Amigos e leitores assíduos ou esporádicos desta Coluna, exponho nesta última edição, uma mensagem que marque este período em que estivemos juntos. Busquei nestes três anos e poucos meses trazer-lhes textos com informações, temas nostálgicos e de reflexões. Para mim foi um grande avanço, venci o medo, a vergonha de divulgar diante do público os meus escritos. Diante do exposto, só me resta dizer para todos Muito Obrigado, por este tempo que fomos parceiros. Estou indo para outras paragens, a inquietação me persegue e preciso descobrir ainda mais o meu potencial. Espero que apreciem o que lhes trago hoje e que sintam o bem-estar que a beleza e a singeleza destas aves pode proporcionar à medida que o olhar vai divagando e dimensionando para outros horizontes. É bem possível que sintam uma serenidade, um encantamento e uma verdadeira sintonia com Deus.
As garças
A garça ave ciconiforme que habita áreas próximas a rios, lagos, praias, manguezais, poças de lama e estuários. A maioria das espécies de garças possui penas brancas cobrindo todo corpo e pescoço longo. Bicos longos e dependendo da espécie pode variar de cor. Medem entre 70 e 85 cm de altura. Pesam, em média, de 3 a 5 quilos de acordo com a espécie. Têm hábitos solitários, porém vivem em bandos na época da reprodução. Possuem hábitos diurnos, sendo que se recolhem nas copas de árvores altas no cair da tarde e a noite. A fêmea costuma botar, em média de 5 a 6 ovos. Nesse vai-e-vem, elas procuram sempre se acomodar bem. Lá de cima, em seus postos de observação, elas se dão conta de que a cada dia o pôr-do-sol é diferente. Às vezes ele é mais poderoso, vermelho, quente. Em outros dias, é tímido, porém intenso. Mas é sempre muito lindo e mágico! Vivem em grupos e migram em pequenas distâncias para dormir. Alimentam-se de peixes de forma bastante ativa. Apreciam também insetos, larvas, caranguejos, anfíbios e pequenos répteis. Associam-se em colônias formando ninhais de outras espécies, o casal constrói uma plataforma de galhos secos sobre uma árvore, geralmente próxima a água, onde são postos, com 2 ou 3 dias de intervalo, de 3 a 7 ovos esverdeados ou verde-azulados que medem cerca de 43 por 32 milímetros cada um. Estes ovos são incubados pelo casal durante 25 a 26 dias e, quando nascem os filhotes, que são nidícolas, os pais fornecem-lhes alimento regurgitado. Em todo entardecer, faça chuva ou faça sol, nossas amigas garças nos presenteiam com sua leveza, graciosidade e delicadeza. De manhã bem cedinho elas partirão novamente em busca de alimentos por novos caminhos. E, ao fim do dia, retornarão ao ninhal para trazer no seu vôo, mais uma vez, o espetáculo de um novo pôr-do-sol. É o mistério do ciclo da vida.
Para todos uma Semana Santa de muita paz. Um beijo no coração!