domingo, 1 de setembro de 2013

Dicas contra a depressão

Aproveitando uma dica do Toninho, personagem criado por meu irmão para divulgar dicas de otimismo em sua página no Facebook, resolvi esta semana enfocar para os leitores desta Coluna um tema polêmico e assustador porque a cada dia o número de pessoas que estão sofrendo dessa enfermidade cresce. Trata-se da depressão, mal que afeta, jovens, adultos e idosos. Uma doença que maltrata muito, pois atinge o interior da pessoa, deixando-a desanimada, sem disposição para fazer qualquer atividade e o pior de tudo isso é sem um rumo certo. As perspectivas de futuro não existem, sonhos desaparecem, ficando a incerteza de um amanhã. Já vivenciei esse problema na minha família e compreendi que o caminho certo é não perder tempo e procurar logo ajuda de profissional da área médica. Percebi que quando o humor, a alegria, o prazer não estiverem presentes e somente a melancolia, a tristeza e a insônia se fazem presentes são os sinais evidentes de que a depressão se instalou. Ela é muito sutil, chega de mansinho dando pequenos sinais. Tomem cuidado e fujam dela. Pesquisando na internet descobri algumas dicas importantes sobre o assunto as quais quero dividir com os leitores.
                              
                                         Dicas contra a depressão
                                                    Marcelo Rodrigues Silva

Quando está muito triste você desabafa com alguém? Sai para caminhar ou se tranca em casa para devorar sozinho uma barra de chocolate? Em quadros de depressão, essas respostas podem servir como pistas para melhorar o tratamento. Segundo os especialistas, alguns hábitos de vida, que não dependem de remédios e nem de dinheiro, podem atuar como aliados naturais no combate à doença: não se isolar em momentos críticos, por exemplo. Em primeiro lugar, é preciso distinguir depressão de melancolia, alerta a psiquiatra Andrea Feijó de Mello, da Associação Brasileira de Psiquiatria. “O luto, por exemplo, não é depressão. É uma fase triste, mas após alguns meses deve ser superada. A depressão vem quando a tristeza passa a atrapalhar a vida social, o trabalho e a rotina”, explica ela. “São nessas fases que os hábitos de qualidade de vida devem ser seguidos. Eles são aliados para não se entregar a situações tristes”, completa o chefe do Departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula, Luiz Gonzaga Leite. Um estudo do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP) feito recentemente na capital, com uma mostra de 1.464 pessoas acima de 18 anos, apontou que 45,9% dos voluntários tinham pelo menos um diagnóstico de transtorno mental – desses, 17% estavam ligados à depressão, de acordo com o coordenador do Grupo de Doenças Afetivas do IPq, Ricardo Alberto Moreno. Segundo ele, os hábitos positivos de vida não substituem o acompanhamento médico, mas podem atuar como coadjuvantes. “Não ter depressão não depende da vontade da pessoa”, diz o médico. É possível, contudo, investir em fatores protetores: ter momentos de lazer, dormir bem e não abusar de álcool. “A forma geral de tratamento para depressão é à base de medicação e psicoterapia, mas deve ser incrementada por hábitos saudáveis. São atitudes importantes e sem custo”, completa. Qualquer pessoa pode ter depressão, mas a incidência é maior em alguns grupos. “Jovens adultos, sobretudo em torno dos 24 anos, são alvos, assim como as mulheres – são cerca de três depressivas para cada homem”, relata Moreno. De acordo com o médico, a vulnerabilidade à depressão tem um forte componente genético, o que ajuda a explicar porque algumas pessoas desenvolvem a doença e outras não – mesmo estando expostas às mesmas situações. Estima-se que de 40% a 60% dos quadros tenham causas genéticas, são casos de quem tem histórico da doença na família”, esclarece. “Por exemplo: se colocarmos 100 pessoas sob forte estresse, apenas 17% delas ficará deprimida”, detalha. Dicas contra a depressão DESABAFE – Compartilhar aflições com pessoas de confiança é importante para afugentar a depressão, pois quando fala a pessoa também ouve a si mesma, segundo Andrea, da ABP. “Cada vez que tocamos no mesmo assunto, passamos a vê-lo de uma forma diferente. Em um desabafo, analisamos a própria vida e podemos encontrar novos caminhos e soluções”, diz. Mas evite só reclamar, contar tudo de maneira negativa, como se fosse a única vítima do mundo. NÃO SE CULPE – A autocrítica em exagero, característica comum entre os perfeccionistas, pode levar a frustrações. “Geralmente as pessoas que exigem muito de si mesmas se colocam metas quase impossíveis de cumprir. O resultado é a frustração”, explica Luiz Gonzaga Leite. “E quem já tem uma predisposição para depressão vai estar se autossabotando”, completa. Por isso, a pessoa deve reconhecer que é capaz, mas que não pode controlar tudo e todos. NÃO SE ISOLE – Pessoas com tendência depressiva vivem um paradoxo, de acordo com Andrea, da ABP. Sentem-se sozinhas, mas também têm vontade de se isolar. E, se isolando, o sentimento de solidão aumenta e potencializa a depressão. Segundo a médica, a interação social ajuda a se distrair dos problemas. “Quando uma pessoa está deprimida, ou mesmo sofre de depressão, tende a ser rude com os outros e depois sente-se chateado. E o papel do outro é tentar compreender.” DURMA BEM – Dormir é uma necessidade fisiológica. Logo, dormir com qualidade é importante para o funcionamento do cérebro. “Para o sono ter qualidade ele precisa durar entre 7 e 8 horas e ser à noite. O sono é diferente nos períodos do dia”, explica psiquiatra Ricardo Moreno. E mais: “A semana tem sete dias, então o sono precisa seguir as características de qualidade pelo menos por seis dias”, completa. Portanto, durma bem, mesmo que precise alterar seu estilo de vida. COMA BEM – Alguns alimentos podem potencializar o bem-estar, como os carboidratos, que geram serotonina, e as fontes de zinco , como as castanhas. A chave para aliar os alimentos à prevenção ou ao tratamento para a depressão é uma dieta equilibrada, assegura a diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, Maria do Rosário. “O grupo alimentar precisa ser completo: vegetais, legumes, proteínas, vitaminas, minerais e gorduras do bem, como a do Ômega 3. Tudo bem variado”, diz. EXERCITE-SE – “Praticando, por exemplo, caminhada três vezes por semana, você se sentirá mais saudável e de bom humor, menos estressado”, garante Gonzaga Leite. Já Moreno acredita que o exercício não é uma solução mágica, nem mesmo tem ação comprovada contra a depressão. “É provado apenas que o exercício físico dá a sensação de bem-estar e felicidade. Mas é fugaz, não dura o tempo todo, portanto não é um efeito antidepressivo, mas atua na qualidade de vida”, opina. AJUDE O PRÓXIMO – “Fazer o bem ao outro integra corpo e mente”, garante o psicobiólogo Ricardo Monezi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O resultado é um bom humor turbinado porque o organismo libera substâncias relacionadas ao prazer, como a serotonina, endorfina e dopamina. “Fazer o bem ajuda a pessoa a gerenciar melhor a própria depressão, pois ela se coloca na posição do outro que também tem problemas” , explica. Quando estiver deprimido, faça caridade. CONCLUA AS TAREFAS – Pessoas em crise de depressão tendem a ser apáticas e, geralmente, sentem-se desestimuladas, inclusive para cumprir as tarefas domésticas mais simples do dia a dia, como lavar louça, estudar, levar os filhos ao colégio e até caprichar na higiene pessoal. “Nesses momentos, é importante não se deixar levar pelo desânimo. Insistir em cumprir as metas mais simples que estão dentro da rotina faz parte do processo de cura”, afirma Gonzaga Leite. ACEITE ENVELHECER – Envelhecer é um medo cada vez mais comum. De acordo com Gonzaga Leite, muita gente se deprime ao pensar na desvantagem profissional e pessoal advinda com o passar dos anos “Primeiramente não podemos idealizar que vamos permanecer eternamente jovens. A regra é aceitar que envelhecer é inevitável para todos e não ver isso como um problema. Aceitando é possível se adaptar à nova fase de vida e perceber as vantagens dela”, aconselha o médico. EVITE ÁLCOOL E DROGAS – “Evite usar, sobretudo em excesso, substâncias que tenham ação no cérebro”, afirma Moreno. E isso inclui, segundo o médico, cafeína, nicotina, estimulantes, moderadores de apetite, drogas (como cocaína e maconha, entre outras) e, sobretudo, a bebida alcoólica. “O álcool é uma substância bifásica: primeiro ele proporciona uma sensação de euforia, depois de melancolia, tristeza. Quem exagera ou é dependente tem mais riscos “, alerta Moreno. 

Veja também Conheça minha experiência e meu ponto de vista da depressão, por Ronaud Pereira 

Fonte: Dicas contra a depressão (http://www.ronaud.com/saude/como-curar-a-depressao/)
Uma semana afortunada e rica das bênçãos de Deus.