terça-feira, 7 de agosto de 2012

Bazar solidário: o resultado e a entrega da renda às instituições

07.08.2012

O planejamento do Bazar começou em maio, com a colaboração de Vânia (minha cunhada) e de Mano Grangeiro. No primeiro encontro coloquei uma pequena mostra do que tinha disponível para fazer parte do bazar. Gostaram do que viram. Ficou combinado para o próximo encontro todos os objetos retirados dos caixotes, 31 ao todo, para traçarmos com mais precisão como deveríamos fazer. Colocando em miúdos para melhor esclarecimento dos leitores, os enfeites eram colocados em caixotes de mercantil (contêineres). Eu tinha o cuidado de pôr uma etiqueta informando o que continha: peças verdes; peças transparentes; louças brancas; louças brancas e azuis; louças azuis e amarelas; bombonieres transparentes e em cores; taças de vários tamanhos etc. As peças eram todas embrulhadas em plástico bolha. Retirei tudo dos caixotes durante a semana, e fui colocando espalhadas nas mesas, estante modulada, barzinho e também no chão da sala de estar. Vânia quando chegou para o encontro e viu a enormidade de peças, muito admirada indagou: “Daniel, você sabia que tinha esta loja em sua casa?” Daniel respondeu assim: “Eu sabia que Neuma comprava muita coisa, mas do jeito que estou vendo, jamais imaginei”. Resolvemos convidar pessoas abalizadas para dar uma ideia dos preços que poderíamos cobrar. Pedi ajuda de duas amigas, Rejane, funcionária da Lojas Freitas e de Cleone, proprietária da loja de decorações MC Decorações. Os preparativos no mês de junho se intensificaram, já com um roteiro definido. Compra de sacolas, de copos descartáveis, guardanapos, aventais, todo o material necessário que seria utilizado no bazar. Preços colocados em todos os objetos. Separação das estantes de aço que acomodariam as peças, três no total. Minha estante modulada com três partes e cinco mesas; duas minhas e três de Suelan (Suel Festas). Precisei de uma boa equipe para que tudo se realizasse sem nenhum contratempo. Analuce (minha irmã) e Juliana (sua filha) vieram de Fortaleza; Paulo (meu irmão) e Cristina (sua esposa), vieram de Tauá. Vânia que desde o início me auxiliou de forma total. Magdalene (prima de Daniel), ajudou bastante transportando os objetos e colocando-os nas estantes e mesas. Preparamos um quadro grande no qual seriam afixadas etiquetas com os nomes dos visitantes compradores, e o batizamos de Painel do Bazar Solidário. Por incrível que pareça todas as pessoas que visitaram sempre saíam com uma sacola ou com várias sacolas. Outras pessoas voltaram no dia seguinte para novas aquisições. O Caixa e o local de empacotamento ficaram no jardim sob a coordenação de Analuce, Juliana e Cristina. As estantes e mesas ficaram dispostas da seguinte forma: as três estantes e o móvel modulado, instalados no hall. As cinco mesas foram colocadas do portão do jardim até o início do hall. Tudo abarrotado de louças, vidros, castiçais, pratos, velas etc. O dia para a abertura do bazar ficou determinado 14 de julho, no horário de 15:00. Às três instituições beneficiadas foram convidadas para se fazerem presente na abertura e compareceram. Convidamos o primo de Daniel, Lécio, para ficar no portão vigiando para impedir a entrada de intrusos. Ao abrir o bazar fiz questão de usar a palavra e explicar o que me fez tomar esta atitude e o destino da renda. Depois de 15h30min, começou a chegar o público alvo, os interessados em comprar e alguns, apenas por curiosidade. Todos ficaram admirados da quantidade de objetos que estavam expostos. E alguns me indagavam curiosos: “Neuma, como você acomodava todos estes enfeites?” “Ah! Minha amiga, respondia: Em um quarto que tenho lá atrás, os enfeites eram acondicionava em contêineres e os colocava em estantes de aço, ao todo seis. As pessoas que estavam ajudando no bazar usavam um avental com a logomarca. Minhas netas, Heloísa e Isadora juntamente com sua prima, Yolanda, recebiam os convidados e perguntava o nome para afixar no painel. Muito educadas, cumprimentavam e sorriam para as pessoas. Foi um momento ímpar em minha vida, a realização de algo que vinha acalentando há algum tempo e que naquele exato momento estava presenciando a sua efetivação. Cercada de familiares e de amigos curti muitíssimo, assistindo a venda dos objetos e a saída deles de minha de minha vida. Foi servido um chá mate gelado com torradas para os presentes. Como já tínhamos previsto, um dia só não seria suficiente para encerrar o bazar. Então, continuamos no domingo e por mais três semanas continuou funcionando. No domingo, eu e Daniel recebemos da netinha Heloísa uma cartinha que nos tocou e nos emocionou muito, e que me fez chorar de emoção. No término das três semanas, Daniel achou por bem encerrá-lo. Luana, minha nora, muito esperta, sugeriu que levaria o restante dos enfeites para vender em Barbalha, pois ela tem um conhecimento muito grande, por ser sua cidade de origem. Aceitei prontamente a sua sugestão. Ela e Daniel Junior empacotaram tudo e colocaram em três contêineres, levaram também os álbuns com fotos das instituições que seriam contempladas e fotos de como ficava ornamentada minha casa. Foi um sucesso, os amigos de Luana barbalhenses se comoveram e fizeram questão de participar comprando os objetos com o intuito de ajudar. E foi assim, caros amigos e leitores, que consegui graças a Deus a soma líquida de R$7.500,00 (sete mil e quinhentos reais), depois de deduzida a despesa com a organização. A distribuição dói a seguinte: R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) entregues ao Lar de Lazer do Ancião Feliz, que abriga 25 velhinhos; ao Albergue Sagrada Família, R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), abriga 56 velhinhos e ao Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, R$3.500,00 (três mil e quinhentos reais), quantia esta que será revertida na compra de setenta telhas, atendendo ao apelo feito pelas Monjas Beneditinas, que estão com dificuldades em comprar a cobertura da Igreja, e a campanha diz o seguinte: compre uma telha no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) e contribua com a cobertura da igreja. A entrega do cheque ao Lar de Lazer do Ancião Feliz aconteceu no dia 04, dia em que a fundadora Dona Francisca Benício estava completando setenta e cinco anos. Ela recebeu com muita alegria a nossa doação. A entrega foi feita para sua irmã, Zenilda Benício administradora da casa. Dona Francisca Benício muito alinhada, aguardava os convidados para a comemoração do seu aniversário com um jantar e uma seresta. No domingo, dia 5, fizemos a entrega no Albergue Sagrada Família ao casal, Carlinhos e Graça, diretores da instituição. E logo depois, nos dirigimos para o Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, para a entrega da doação para a Madre Aparecida, Superiora do Mosteiro que juntamente com as monjas receberam com muito entusiasmo a nossa doação. Digo para vocês: missão cumprida! Estou muito feliz! Obrigada a todos!


                           Momento em que eu anunciava a abertura do bazar e explicava a sua finalidade

















As fotos mostram as fases de preparação do bazar e a sua abertura. 
 As meninas que anotavam os nomes dos visitantes e afixavam no painel.
Representantes das instituições beneficiadas presentes à abertura: Eridna e Filomeno (Mosteiro), Zenilda Benício (Casa do Ancião Feliz) e Carlos Alberto Oliveira  (Albergue Sagrada Família.
Momento da entrega dos cheques às instituições 1) Irmã Aparecida Menezes recebe em nome do Mosteiro Nossa Senhora da Vitória; Carlos Alberto e Graça recebem em nome do Albergue Sagrada Família e dona Zenilda Benício recebe em nome da Casa de Lazer do Ancião Feliz 


































Cartinha enviada por minha neta Heloísa
Eu e dona Francisca Benício no dia da entrega do cheque, por coincidência data de seu aniversário 
 
Conteineres onde guardo meus enfeites de casa



Um comentário:

  1. Neuma,
    O desapego é o primeiro passo que se dá em busca da santidade. "Não junteis tesouros na terra." Sinto-me engrandecido também por este ato de amor e solidariedade par com aqueles que necessitam do nosso supérfluo.
    Deus abençoe você por esse gesto, minha irmã querida do meu coração.Um dia - no céu - você entenderá o que o seu despojamento representou para o Senhor Jesus.

    Beijo grande meu, da Aldinha e da turma.
    Fique com Deus.

    Antonio Luiz Macêdo

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