Surpresas, muitas lembranças e saudades quando organizava a
mudança para minha nova residência.
Sentada ia tirando das gavetas caixas e mais caixas que estavam tão bem
guardadas e que havia anos nem as abria.
Algumas vezes emocionava-me, outras vezes a nostalgia me contagiava. Resolvi,
então, leitores amigos, mostrar o que para mim são relíquias, os guardados que
encontrei.
1.Uma linda carteira de festas, em cetim e pérolas, presente
que recebi de um casal amigo, no dia da minha formatura do Normal Pedagógico,
em 1968. Novinha em folha ainda, perfeita.
2. Livro de Chamada dos alunos do 2º ano primário quando
estagiei no último ano do Normal, no Grupo Padre Cícero e as fotos clicadas no
encerramento do estágio. Abaixo fotos de alguns dos meus alunos
3. Relatório do Estágio Probatório de Socorro Macêdo Figueiredo,
minha prima, que me emprestou para servir de orientação para o meu. Que grande
lapso, esqueci de devolver! Nem adianta mais, hoje já não existe o Curso
Normal, a figura da normalista o tempo acabou.
4. “Ser ou não ser professora”, assunto que fez parte do
conteúdo da revista O Cruzeiro na época em que cursava o Normal. Este questionamento nos colocou numa posição de dúvida. Será que valia a pena sermos professoras?. O que poderíamos esperar de uma profissão que já estava em decadência porque os condutores da educação não a valorizavam? Mesmo assim concluí o curso. E em 1970 iniciei a formação universitária no Curso de Pedagogia concluindo-o em 1973. No início de 1977 recebi a informação através de uma grande amiga, Maria D´Arc Araújo de que seria inaugurada no dia 24 de março uma escola no bairro Pirajá e que estavam selecionando os professores para ocupar o quadro funcional da escola. Fui atá à Delegada de Ensino, a professora Alacoque Bezerra, e ofereci o meu serviço, no caso para ocupar o cargo de vice-diretora do turno noturno. Fui aceita e durante 19 anos dirigi a Escola de 1º Grau Dona Maria Amélia Bezerra, localizada na Av. Castelo, esquina com Rua São Benedito.
5. Uma agenda que a Revista Nova em parceria com a Del Rio
presenteava às milhares de leitoras. Trinta anos desta agenda e do formato da
revista que era bem mais interessante do que a atual.
6. Carteiras que fazem parte do meu acervo: Carteira do Clube do Sesinho e do Clube dos Doze. Fui sócia do Clube do Sesinho quando estudei
no Instituto Domingos Sávio, de propriedade de dona Zuíla Moraes. Funcionava na
Av. Dr. Floro, nesta época a Rua recebia o nome de Rua Nova. Recordo das festas
infantis que aconteciam e numa delas, meu irmão, Antônio Luiz participou como
cavalheiro na dança do Minueto. Aceitei me associar ao Clube dos Doze por
dois motivos: o 1º:- Glória Lopes
Rodrigues (minha grande amiga), era a secretária; o 2º -, tempo de
vesperal, de tertúlia, e frequentava com as amigas para arrecadar fundos para a
excursão do término do Normal.
7. Cadernos de brochura do meu tempo de escola. Quanta
diferença dos atuais, cada dia mais sofisticados.
8. Prova de História quando cursei a 4ª série ginasial no
Ginásio Mons. Macedo em 1965.
9. Capricho, revista que colecionava, sobretudo pelas
histórias de amor, as famosas fotonovelas. Quem lembra!
10. E os cursos de culinárias promovidos pelas indústrias de
eletrodomésticos, Arno e Walita. A procura foi tanta que o da Walita aconteceu
no Auditório da Escola Normal Rural. O que temos hoje? A internet que nos
facilita qualquer receita num piscar de olhos.
11. O calendário de bolso de 1990, brinde da Banca de Revista de
Liquinha e de Cícera. Eram duas bancas,a nº 1 localizava-se na Estação
Rodoviária e a de nº 2 na Praça Padre Cícero. Tempo maravilhoso, sempre
marcávamos presença semanalmente para nos abastecer de revistas, palavras
cruzadas e de um bom papo. Era também um ponto de encontro de amigos. Liquinha e sua família atualmente residem em Belém, Pará.
12. Tabela do campeonato mundial de futebol que aconteceu no
México e o Brasil ganhou o Tricampeonato. Naquele tempo futebol empolgava.
Havia seriedade porque os jogadores jogavam com amor e garra. O que ocorre
atualmente é o dinheiro em primeiro lugar.
13. Convite da doutoranda do ABC Ana Karenine Bezerra
Fernandes aluna da Escolhinha O Pequeno Grande, no ano de 1986. Filha dos meus
compadres, João Fernandes e Quitéria Bezerra, foi com muito orgulho a oradora
da turma.
14. Album de figurinhas. Costumava colecionar álbuns de figurinhas, como Cine Cromos,
Os dez mandamentos, Ben-hur. Que pena, não os tenho mais. Encontrei, porém,
figurinhas do álbum Enciclopédia Cultura e História Natural, álbuns que Daniel
colecionou e os mostro para recordar um pouquinho. A troca de figurinhas e
quando completava uma página que sensações salutares.
Emoção tomou conta do meu ser ao ver essa história vivida por quem sabe o verdadeiro sentido de amor e respeito pelo que fez e faz.
ResponderExcluirRevivi toda minha infância como aluna e tendo uma mãe que guardava recordações também fui seguindo o exemplo da mesma; revista, figurinhas, boletim escolar, época q fiz o normal no final da década de 80 "rsrsrs era assim que chamávamos normal" tudo saudável longe de violência! Obrigado por voltar a máquina do tempo"memória".
Tereza Neuma, quão grande é a sua capacidade de surpreender e emocionar seus leitores! Amei esse post dos "Guardados". Também gosto de guardar para mais tarde curtir essas belas memórias. Já declarei, mas aproveito para reafirmar que sou sua fã de carteirinha (minha querida ex-vice diretora) e do Daniel Walker (meu caro ex-professor do ensino médio). Quando vier à Fortaleza, por favor, visite-nos, será um enorme prazer. Saudades! Simone Beserra Lima.
ResponderExcluirNeuma, querida!
ResponderExcluirEmocionante poder compartilhar lembranças de suas raízes... Seus "Guardados", realmente, contam muito de você... sempre ávida por registros e sensível ao essencial.
Forte abraço, amiga!
Saudades.
Os "guardados" removidos,
ResponderExcluirRetirei do coração.
Melhor deixá-los perdidos
Na luz da escuridão.
Bjo minha irmã..